DEPRESSÃO – VENCENDO O PRECONCEITO
PARTE 2
Hoje, a Medicina é denominada Psicossomática, pois é sobejamente sabido que qualquer doença repercute em todas as dimensões do indivíduo, assim sabemos que os sintomas depressivos lembram sintomas de um resfriado forte, com prostração, indisposição a tudo, inapetência alimentar e dificuldade em desempenhar tarefas intelectuais.
Segundo evidências há notória diminuição de substâncias neurotransmissoras em áreas cerebrais, comprometendo o seu funcionamento, com alterações das funções cognitivas ou dos processos do pensamento como atenção, concentração, memória e raciocínio, podendo levar à total incapacitação para o trabalho, quando não originam acidentes ou decisões desastrosas, ha ainda dores inexplicáveis e às vezes um tipo de depressão cognominada de “mascarada”, que se manifestam somente através de dores reais e extremadas, onde inúmeros exames médicos e complementares de diagnóstico são realizados e, para desespero dos pacientes e familiares, nada é diagnosticado conclusivamente.
A falta de aceitação social da depressão é tamanha que beira o preconceito. Nas classes mais incultas da população, chega a ser negada e é tida como “frescura, preguiça, indolência, falta do que fazer”. Nestes casos a depressão só vem a ser diagnosticada após o suicídio do enfermo, ou quando este sucumbe ao leito incapacitado para o que seja, após ter passado em intenso e desnecessário sofrimento e penado por perdas financeiras, ocupacionais ou emocionais.
O portador de depressão necessita de apoio e compreensão dos familiares e amigos, principalmente dos irmãos de fé.
Se você atravessa uma depressão, não se culpe, por mais que suas emoções lhe arrastem a isto; se for um ente querido imerso nessa escura e fria noite da alma não julgue, não condene, apenas compreenda e ame.
É agora que ele mais necessita do seu amor.
Saiba mais sobre o tema no livro “Vencendo a Depressão”.
Luiz Antônio de Pádua
Vice-Presidente da Associação Médico-Espirita de Goiás