A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO NO BRASIL

A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO NO BRASIL

22/04/2024 Amor e Luz 0

Numa observação histórica mundial constata-se que durante o império (1822-1889) o Brasil possuía relações culturais hegemônicas com a França, de lá chegavam notícias sobre mesas girantes, publicadas no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro em 14/06/1853, com a descrição de fenômenos que empolgavam Paris. Estas continuaram até 1857 com a publicação do Livro dos Espíritos de Kardec, introduzido no país por um grupo de franceses, de professores, jornalistas e outros, incluindo o Diretor do Colégio Francês do Rio de Janeiro, que foi o primeiro editor do Livro Temático Espírita e Português “O Espiritismo em Sua Mais Simples Expressão”, em 1860.

Graças à imprensa espírita que o Espiritismo entrou em sua grande expansão, assim em 17de agosto de 1865 o Professor e Escritor Luís Olímpio Teles de Meneses, instala-se o primeiro centro espírita no Brasil, chamado Grupo Familiar de Espiritismo, em Salvador onde foi publicado um Opúsculo (folheto de conteúdo artístico, literário, científico etc…) “O Espiritismo – Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita”, e depois o primeiro Jornal chamado “O Eco D’Além Túmulo”, com a finalidade de divulgar a doutrina e de ser o baluarte na defesa da luta em prol da abolição da escravatura no Brasil.

 Isto continua até hoje onde a doutrina esta relacionada a temas e exemplificações atuais.

 A partir de 1873 fez-se a tradução das obras básicas da codificação surgindo a mais notável figura do espiritismo Brasileiro: o médico Adolfo Bezerra de Menezes (Lucas – Apóstolo de Jesus), deputado federal, um defensor ardoroso da abolição dos escravos, sob a Inspiração do Espírito de Ismael é lançada a Revista Espírita de Allan Kardec. Em mensagem a Bezerra de Menezes, diz textualmente Ismael – “A missão dos espíritas no Brasil é divulgar o Evangelho, em espírito e verdade”.

Em 1º de Janeiro de 1884, no Rio de Janeiro, com a Revista Reformador, foi fundada a Federação Espírita Brasileira. Em 1895 assume a presidência Dr. Bezerra de Menezes, não ficando alienado aos acontecimentos sociais no Brasil, mas publicando artigos no Jornal “O País”, sob a direção de Quintino Bocaiúva, um dos fundadores da República Brasileira.

Entre 1887 e 1894 procurou lançar bases da unificação das Sociedades Espíritas no Brasil, sendo chamado por isso de Kardec Brasileiro.

Em 15 de novembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca proclama a República, e em 22 de novembro deste ano a FEB congratula-se com o governo provisório.

No Brasil inúmeros missionários se espalharam pelo território e tornaram-se figuras exponenciais, destacando-se Antônio Gonçalves da Silva, o Batuíra; Anália Emília Franco, a grande dama da educação brasileira; o médium Eurípedes Barsanulfo, um médico homeopata. Augusto Militão Pacheco, os médiuns de efeitos físicos, Francisco Peixoto Lins, Carmine Mirabelli, o farmacêutico Caibar Schutel, que transformou a cidade de Matão no centro geográfico do mapa espírita brasileiro ao fundar o Jornal “O Clarin”, e a “Revista internacional de Espiritismo”.

Em 1925, tivemos posteriormente Chico Xavier, e atualmente Divaldo Pereira Franco. O estado de São Paulo procurou criar entidades para coordenar o movimento estadual, assim em 12 de julho de 1936 é fundada a Federação Espírita do Estado de São Paulo, editando jornais “O Semeador” e o “Jornal Espírita”.

Em Congresso realizado de 12 a 15 de junho de 1952, foi fundada a União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE-SP).

Em 1957 o movimento espírita comemorou o 1º Centenário da Codificação do Espiritismo. De 1º a 15  de janeiro de 1958 foi realizada a primeira exposição do Livro Espírita, onde este autor, então com 20 anos, pode modestamente colaborar com a doutrina, além de atender ao público.

Este texto foi escrito pelo professor universitário Delcídio Dibo, escritor espírita da PUC e transcrito na Revista Literária Espírita.

Cássia Urbano Gallo