MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES

MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES

18/05/2020 Amor e Luz 0

Espíritas, meus irmãos.

Despertemos do letargo a que nos entregamos milenarmente, que vemos abençoadas oportunidades para acordar e preferimos o sono da indiferença, no prazer exorbitante e nas viciações degenerativas. Sábios e profetas convidaram-nos a profundas reflexões, e não obstante após deslumbrarmo-nos com seus ensinamentos voltamos ao leito do pesado sono das aflições a que nos acomodamos.

Com Jesus a nossa não foi uma postura diferente.

Escutamos o Mestre no Sermão da Montanha das Bem-aventuranças e na Idade Média disseminamos o crime, fomentamos a guerra, propusemos o terror. Vimo-Lo sobre as águas plácidas do mar, convocando-nos a enfrentar os oceanos abissais do dia-a-dia. Encorajamo-nos, mas até agora, ainda não conseguimos flutuar além e acima das vicissitudes a que nos aferramos.

Deslumbramo-nos com a madrugada da Sua ressurreição e apalpamos-lhe a chaga da lancetada de Longinos e apesar da constatação, continuamos amortalhados no gozo das licenças morais e dos vícios, que nos entorpecem a razão. Atravessamos largos séculos, dos quais os seus mensageiros nos trouxeram as luzes libertadoras, mas logo depois, adornamos a Sua casa com as fantasias e as quimeras nossas, olvidando-nos da manjedoura e do calvário.

Prometemos-lhe fidelidade através de São Francisco e logo tombamos nas malhas das tentações, matando o sentimento franciscano das ouropeias e da extravagância que fazem parte do nosso dia-a-dia. Martinho Lutero veio ter conosco para nos libertar do tacão dogmático e ainda nos seus dias ajudamo-lo a esfacelar os propósitos sublimes, complicando a revelação nos anos que sucederam à sua viagem. Allan Kardec traz-no Jesus de volta com toda a beleza daqueles remotos, inolvidáveis dias da Galiléia e hoje poderemos interrogar o que estamos fazendo da mensagem espírita de libertação.

A cada momento a nossa é uma postura do dependente do vício, ou do adormecido do letargo, da indiferença. Despertemos hoje, meus filhos, para Jesus. Permitamos que o mundo veja-O em nós, carta-viva da Sua palavra. Cada mensageiro nesta grande noite acendamos a claridade lumenífera da Sua palavra nos corações e teremos a Terra transformada numa via – Láctea de estrelas. Retornai aos vossos compromissos, descei o Tabor e caminhai pelo Vale do Asdrelon com a lâmpada da fé mantida pelo combustível da caridade. E não está escrito quem vós sois deuses? Deixe que a mensagem do divino amor aproxime os vossos corações da divina paternidade e ide intimoratos, intemeratos, semeando luz, porque sois claridade agora mantida pelos inesgotáveis recursos da fé espírita. Não tergiverseis, não vos detenhais na análise perturbadora das questões infelizes. Examinai o rumo e avançai na direção de duas traves de onde vos alareis na direção do reino de paz e de ventura. Ele não nos prometeu outra oportunidade, nem outras concessões senão estas que estão exaradas nas palavras de despedida: “eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces. Ide e pregai”. E agora aderíamos: ide e vivei. Jesus espera. Abri-vos ao amor e avançai na Sua direção. Rogando a Ele, o nosso benfeitor incorruptível, que nos abençoe. Nós, os Espíritos espíritas, suplicamos a todos vós que aproveiteis esta oportunidade e com o carinho de servidor humílimo e paternal, abraçamos-vos com ternura e muita paz.

Bezerra, meus filhos

Mensagem recebida psicofonicamente por Divaldo Pereira Franco, por ocasião do encerramento da V Conferência Estadual Espírita, na tarde de 14 de abril de 2002, em Curitiba – PR