JESUS E OS TRANSTORNOS MENTAIS

Jesus, pela sua mediunidade plena, conseguia enxergar as causas de todas as doenças físicas e psíquicas. Por isso, para muitos, ele dizia: vai e não peques mais. Ele sabia que aquela doença, que ele curara, tinha sido gerada por erros em encarnações passadas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, OMS, saúde mental é, resumidamente, o estado de bem-estar mental que permite com que a pessoa lide com todos os momentos de sua vida, inclusive os estressantes, sendo capaz de desenvolver as próprias habilidades, aprender, trabalhar e contribuir positivamente para a sua comunidade*.

No entanto, não são todas as pessoas que conseguem manter uma saúde mental. Diversas enfrentam, ao longo da vida, transtornos mentais difíceis de ser diagnosticados, tratados e curados, incapacitando-as para uma vida plena, produtiva e satisfatória.

Transtorno mental é quando a psique, por algum motivo, desequilibra-se e gera distúrbios cognitivos, emocionais e/ou comportamentais, produzindo sofrimentos significativos, incapacitando a pessoa de viver plenamente. Esse sofrimento tem graus variados, expressando-se desde uma fobia até a automutilação, quando não o suicídio.

Há diversos tipos de transtornos mentais: de ansiedade, dissociativos, de humor, psicóticos, etc.

Por estarem envoltos em preconceitos sociais e profissionais, por serem amplas as características de cada tipo de transtorno, pela incapacidade de muitos terapeutas e psiquiatras, a maioria das pessoas têm dificuldades em procurar ajuda, de serem diagnosticadas e tratadas.

Muitas pessoas sentem-se sozinhas, abandonadas, incapazes de procurar ajuda. Até mesmo em grupos religiosos essas pessoas não se sentem acolhidas, pois muitos desses grupos entendem, de forma errônea, que esses transtornos são falta de fé.

Na verdade, o que poucos entendem, é que esses transtornos não são a causa dos males psíquicos, físicos, emocionais e cognitivos dos pacientes.

Esses transtornos são efeitos das atitudes erradas tomadas pelas pessoas no passado e que, agora, voltam à consciência de modo a restaurar o equilíbrio psíquico ante ao profundo sentimento de culpa da qual ela é inconsciente.

Joanna de Ângelis diz que “a doença é, portanto, um mecanismo expurgatório, através do qual são eliminadas as cargas de energia perturbadora, que foram assimiladas pelas ondas do ódio, da traição, do crime de qualquer jaez e permaneceram produzindo distonia interna, até expressar-se na indumentária corporal”**.

Ou seja, a energia da culpa inconsciente eclode e transtorna a consciência, gerando os problemas psíquicos, de modo a eliminar essa energia ruim.

Paulo de Tarso, em sua epístola aos Romanos, incentiva para que “não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.

Essa transformação da nossa mente passa, necessariamente, pela conscientização do estado de culpa, pelo entendimento do mecanismo reencarnatório, pela compreensão da nova oportunidade evolutiva que ora se apresenta, pela aceitação de que esse transtorno não é punitivo, mas educativo. Claro que isso deve ser aliado ao tratamento terapêutico e medicamentoso, quando necessário.

Portanto, o tratamento passa necessariamente pela aceitação dos erros do passado em busca do reequilíbrio entre o inconsciente e o consciente.

Todos nós cometemos graves erros em encarnações passadas. Todos nós trazemos, no inconsciente, culpas. Sendo assim, podemos por meio de terapia, estudo da Doutrina Espírita, meditação, reflexão, reforma íntima, passes e remédios, quando necessários, voltarmos ao equilíbrio mental.

Jovem! Se perceber algum transtorno, procure ajuda especializada, sem medo e sem vergonha. Se perceber alguém do seu círculo de convivência com algum transtorno, ajude-o a procurar tratamento especializado. Juntos nos fortalecemos para retomar a saúde plena de nossa mente, crescendo espiritualmente. 

Vinicius Del Ry Menezes

* Site da OMS: https://www.who.int/

**Sugere-se a leitura do livro Sendas Luminosas de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, para aprofundamento dessa questão.