JESUS E O PLANO ESPIRITUAL

O evangelho de Jesus só faz sentido se admitirmos a vida após a morte, ou seja, se admitirmos que a vida não é apenas a matéria física que nossos olhos enxergam.

De fato, a maioria dos ensinamentos de Jesus diz respeito à realidade espiritual.

Embora muitos tenham feito essa questão uma matéria de fé religiosa, ela não passa de uma realidade de fato, acreditando-se ou não, querendo-se ou não.

Por isso, Jesus, em todos os momentos, a enfatizou.

Meu reino não é deste mundo, disse, referindo-se ao plano espiritual.

Pai Nosso que estais no céu, disse, referindo-se a Deus, causa primária de tudo e de todos.

Há muitas moradas na casa de meu Pai, disse, referindo-se às diversas colônias espirituais espalhadas pelo nosso planeta, além, é claro, de outros orbes habitados.

Ninguém pode ver o Reino dos Céus se não nascer de novo, disse, referindo-se ao processo de reencarnação, ou seja, da volta do espírito ao corpo físico.

Esses quatro ensinamentos, embora metafóricos, referem-se de uma forma poética àquilo que a Doutrina Espírita explicita: todos somos espíritos, criados por Deus, para evoluirmos por meio das sucessivas reencarnações e, desse modo, ao atingirmos a perfeição moral, voltarmos à Fonte Criadora.

Diversas parábolas de Jesus aprofundam esses ensinamentos, como na parábola do Grão da Mostarda que demonstra que quanto mais estudamos sobre o plano espiritual, mais conhecemos as verdades espirituais.

A existência dos espíritos, ou seja, de seres vivos sem os seus corpos físicos, materiais, é comprovada pelas diversas sessões de desobsessões que Jesus promoveu.

Como naquele dia em que um espírito vingativo, ao subjugar sua vítima, respondeu a pergunta de Jesus da seguinte forma: meu nome é Legião, porque somos muitos.

Aquele jovem sofria de um grave quadro obsessivo causado por diversos espíritos vingativos que, em encarnações passadas, foram vítimas daquele jovem.

E com o seu amor infinito, Jesus os afastou, mostrando que o perdão e o amor são a libertação de que todos precisamos para evoluirmos.

Jesus deixa claro que, para evoluirmos espiritualmente, que é a finalidade para a qual estamos reencarnados, devemos aplicar o seu evangelho, por isso ele disse que ninguém vai ao Pai, senão por ele. Ou seja, ele, Jesus, é o caminho, a verdade e a vida.

Enfim, a realidade espiritual é um fato.

Infelizmente, a humanidade ainda em seu período infantil, desdenha das verdades espirituais, faz graça do evangelho de Jesus, acredita ser pueril o amor ao próximo e, assim, vive como se a morte fosse o fim.

E é essa crença de que a morte é o fim, que mata todos os ideais de melhoria, os ideais de crescimento, os ideais de evolução. Se tudo se acaba no túmulo, para que viver em busca de um ideal?

Por isso, a tristeza e a insatisfação dominam, porque vive-se esperando morrer. Mas quando morremos nos deparamos com a Vida Maior, aquela que é mais profunda.

Jovem! A vida não acaba no túmulo! A vida se expressa na matéria para que possa resplandecer no plano espiritual. A vida verdadeira é a do espírito. Por isso, viver sem um ideal, viver sem se melhorar a cada dia, a cada momento, por meio dos ensinamentos de Jesus, é deixar de aproveitar uma grande chance de evolução.

Vinicius Del Ry Menezes