JESUS E O EVANGELHO

JESUS E O EVANGELHO

20/05/2021 Juventude 0

Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a boa notícia sobre o reino de Deus ao povo simples.

A boa notícia que Jesus trazia falava a respeito de um Deus justo e bom, como um pai amoroso que tudo faz pelos seus filhos, ao contrário do Deus sanguinário ensinado pelos rabis.

Por meio de histórias simples, baseadas na rotina diária do povo judeu, Jesus trazia a boa notícia de que nós, criados por Deus, sempre seríamos os filhos pródigos que, mesmo caídos em erros, sempre teríamos as portas abertas ao arrependimento e ao serviço da redenção.

Jesus também ensinava a boa nova por meio de sermões arrebatadores, como aquele na montanha, onde milhares de pessoas se reuniram para ouvirem o Mestre dizer que felizes são os humildes, os aflitos, os mansos, os injustiçados, os misericordiosos, os pacíficos, os perseguidos, porque grande seria a alegria deles no reino de Deus.

Em todos os momentos, Jesus espalhava a boa notícia por meio de frases simples, porém fortes e profundamente filosóficas.

Sua fé te curou.

Vá, e não erre mais.

Atire a primeira pedra quem estiver sem pecados.

Não julgue para não ser julgado.

Reconcilie-se depressa com o seu adversário.

Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.

Você é a luz do mundo, o sal da terra.

Ame a Deus sobre todas as coisas.

Ame o próximo como a ti mesmo.

Todos esses ensinamentos foram compilados e escritos pelos seus discípulos, em especial por Mateus, Marcos, Lucas e João.

Jesus falava aramaico e, quando a boa notícia foi escrita pelos seus discípulos, eles a escreveram em grego. Por isso, eles utilizaram a palavra grega evangelho, que significa boa notícia.

Portanto, o evangelho de Jesus nada mais é do que os ensinamentos sobre as verdades espirituais que o Mestre veio nos ensinar. Verdades essas que são um roteiro adequado de crescimento emocional, moral e espiritual. Roteiro que, se fosse bem estudado e posto em prática, promoveria uma verdadeira revolução social, porque cada um de nós nos veríamos como irmãos e não como adversários. O amor ao próximo, ou seja, o real respeito aos direitos alheios, seria de fato posto em prática. A sociedade seria mais justa e igualitária. O preconceito acabaria. A felicidade já seria possível nesse mundo material.

O evangelho não é um texto que exalta a dor, o sofrimento, a culpa, como muitos divulgam por aí. É um texto que exalta o amor, o perdão, a abnegação, a caridade e que, quando fala sobre a dor, mostra que a fé tudo vence.

Infelizmente, nesses últimos dois mil anos, o evangelho foi relegado ao fanatismo religioso, deturpado por falsas interpretações com objetivos mesquinhos, utilizado para promover o medo e manipular os fiéis. Muitos religiosos se apegaram às palavras (algumas mal traduzidas do aramaico) e se esqueceram do espírito, ou seja, da essência dos ensinamentos de Jesus. E isso afastou muitas pessoas, em especial aquelas com um senso crítico mais apurado.

Com o desenvolvimento da ciência, o evangelho foi cada vez mais deixado de lado e visto como um artigo de fé ingênua. Porém, muitos que o criticam, nunca o leram. Dessa forma, hoje, criou-se um preconceito enorme em relação a ele. Por isso, muitos acham que o evangelho é um texto “chato”, “sem sentido”, “coisa babaquinha de religião manipuladora”, “invenção”, principalmente para os mais jovens que nunca o leram, mas que ouviram falar de alguns trechos completamente descontextualizados e mal interpretados.

Jovem! Estude o evangelho de Jesus. Leia o texto completo. Analise os ensinamentos sem preconceitos, sem ideias pré-concebidas. Interprete as palavras de Jesus, busque a essência das lições.* Você perceberá que as respostas para todos os problemas atuais da humanidade estão lá, ensinadas por Jesus há dois mil anos. Dois mil anos! Assim, um dia, você poderá falar como Paulo de Tarso, aos Romanos: não me envergonho do evangelho.

Vinicius Del Ry Menezes

*Sugere-se a leitura dos 4 evangelhos presentes na Bíblia, do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e também do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel.