CARTA DE UM JOVEM

CARTA DE UM JOVEM

24/05/2021 Amor e Luz 0

Num determinado hospital de São Paulo, um Jovem de apenas 19 anos, endereçou a seu pai uma comovedora carta de adeus, fato verídico ocorrido na Capital. Vale a pena divulgá-la pelo seu conteúdo significativo.

Dizia o jovem nessa carta:

“Acho que nesse mundo ninguém procurou descrever seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai receber este relato, mas preciso de todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, meu pai, acho que este diálogo é o último que tenho com o senhor, sinto muito mesmo… Sabe pai, está em tempo de o senhor saber a verdade de que nunca desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante objetivo. O tóxico me matou. Travei conhecimento com o meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não pai? Sabe como eu conheci essa desgraça? Por meio de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante mesmo, e bem falante, que me apresentou ao meu futuro assassino: A Droga. Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas o cidadão mexeu com o meu brio, dizendo que eu não era homem. Não era preciso dizer mais nada, não é, pai? Ingressei no mundo do vício. No começo foi o devaneio; depois a tortura, a escuridão, Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida veio a falta de ar, o medo, as alucinações. E logo após a euforia do “pico”, novamente eu me sentia mais gente que as outras pessoas, e o tóxico, meu amigo inseparável, sorria, sorria. Sabe meu pai, a gente começa a achar tudo ridículo e muito engraçado. Até Deus eu achava cômico. Hoje, no leito de um hospital, reconheço que Deus é mais importante que todo mundo. E que sem sua ajuda eu não estaria escrevendo essa carta. Pai, eu só estou com 19 anos e sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim. Mas, ao senhor, meu pai, tenho um último pedido a fazer: mostre essa carta a todos os jovens que o senhor conheça. Diga-lhes que em cada porta de escola, em cada cursinho de Faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante que irá mostrar-lhes o futuro assassino e destruidor de suas vidas e que os levará à loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor, faça isso meu Pai, antes que seja tarde demais para eles. Perdoe-me, pai… já sofri demais, perdoe-me também por fazê-lo padecer pelas minhas loucuras. Adeus meu pai…“

Algum tempo depois de escrever essa carta, o jovem morreu.

Retirado do Jornal de Santo Amaro