JESUS E O CENTURIÃO

JESUS E O CENTURIÃO

18/11/2021 Juventude 0

Ao entrar na cidade de Cafarnaum, Jesus foi abordado por um centurião. Os membros da caravana que seguiam Jesus ficaram tensos. Os centuriões eram comandantes militares de regimentos formados por cem soldados romanos e, por isso, eram temidos pelo povo. Esse centurião, porém, aproximou-se de Jesus e lhe rogou:

– Senhor, o meu criado está em casa paralítico e atormentado!

Percebendo que o centurião estava realmente preocupado com a saúde de seu empregado, por considerá-lo amigo e não servo, Jesus lhe respondeu:

– Eu irei à sua casa e curarei o seu servo.

O centurião, humildemente, envergonhou-se e disse:

– Senhor, não sou digno de que entre em minha casa. Apenas diga uma palavra e o meu servo ficará curado. Eu também sou homem de autoridade e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Eu digo a este: vai, e ele vai; eu digo a outro: vem, e ele vem.

Jesus maravilhou-se ao ouvir isso e disse:

– Em verdade, nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.

Essa passagem do evangelho é bem expressiva, pois ela contém diversos elementos a serem analisados.

Em primeiro lugar, o medo que os membros da caravana sentiram ao verem o centurião. Como representante “policial” de Roma, a população o via como invasor. Jesus, corajosamente, o via como um ser humano, igual a todos nós, por isso não o temia.

Em segundo lugar, a humildade desse centurião. Ele, como todos os outros representantes de Roma, era visto com desconfiança e preconceito pela população em geral. E, apesar disso, ele atravessou a multidão para falar com Jesus, independentemente do que o povo pudesse dizer. Além disso, ele corria o risco de perder o comando do seu regimento, pois seus superiores hierárquicos não toleravam esse tipo de relação com o povo.

Em terceiro lugar, a gratidão. Um homem de grande autoridade, tendo cem homens sob o seu comando, bem como empregados, encarou o risco de perder as suas benesses para pedir ajuda para um de seus servos.

Em quarto lugar, a fé. Como Jesus bem pontuou, aquele centurião tinha mais fé do que a maioria que o seguia. Tanto é que o centurião, não se achando digno de receber uma figura tão maravilhosa quanto Jesus em sua própria casa, pediu para que ele curasse seu servo à distância, pois sabia que o Mestre era o único que poderia fazê-lo.

Jesus, então, disse ao centurião:

– Vai, e como acredita tanto, que seja feita a tua vontade.

E, naquela mesma hora, o seu servo foi curado.

Jovem! A coragem, a humildade, a gratidão e a fé são sentimentos ativos que nos ajudam a realizar grandes obras, sejam elas para nós, como para os outros. Para isso, porém, é necessário enfrentar os preconceitos da sociedade tendo como guia e modelo o nosso mestre Jesus.

Vinicius Del Ry Menezes