JESUS E A FRAUDE

JESUS E A FRAUDE

07/04/2022 Juventude 0

Jesus foi preso por causa de uma fraude. O sumo-sacerdote e outros altos representantes do Sinédrio, órgão político-religioso dos judeus da época, inventaram uma acusação falsa para prender e condenar o Mestre.

De acordo com o dicionário, fraude é uma ação enganosa, realizada de má-fé, cujo objetivo é prejudicar alguém, ou tirar vantagem de alguém, ou não cumprir com alguma norma, lei ou regulamento.

Tanto na época de Jesus, quanto hoje, as fraudes são muitas.

Antes, profissionais da fraude viviam de roubar dinheiro da população por meio de trambiques e charlatanices, assim como hoje fraudadores profissionais roubam dinheiro da população carente por meio de aplicativos financeiros e golpes digitais.

Antes, a população fraudava o imposto devido aos romanos, como hoje muitos tentam fraudar os governos atuais.

Os religiosos fraudavam os ensinamentos para manter os fiéis sobre os seus caprichos, do mesmo modo que os religiosos atuais também o fazem.

Casais fraudavam o casamento por meio do adultério, assim como hoje muitos casais se deixam levar para as chamadas aventuras românticas.

Comerciantes fraudavam o peso das mercadorias para cobrarem a mais dos clientes, do mesmo modo que diversas empresas fraudam mercadorias, regras sanitárias, regras trabalhistas e regras ambientais para faturarem mais.

Jovens fraudavam os estudos para conseguirem títulos que não mereciam, assim como jovens de hoje fraudam vestibulares e concursos públicos.

Contra a fraude só há um antidoto: fazer ao outro aquilo que você gostaria que o outro lhe fizesse.

Quando a humanidade compreender essa frase, em toda a sua profundidade, todas as fraudes acabarão.

Mas há uma fraude pouco falada e que merece a nossa atenção: é a fraude que cometemos contra a nossa própria consciência. Todo e qualquer ato que prejudica alguém é uma fraude, e essa fraude pode ser cometida contra nós próprios.

Muitos de nós agimos de forma errada, e temos consciência que estamos errados, mas encontramos diversas justificativas plausíveis para continuarmos agindo do modo como estamos agindo.

Em geral, culpamos as atitudes dos outros para justificar as nossas próprias atitudes fraudulentas.

A culpa é do pai, da mãe, do professor, do amigo, da namorada, do namorado, do marido, da esposa…

Fraudamos a nossa consciência, fraudamos a nossa atitude e ainda reclamamos das fraudes que os golpistas fazem por aí…

Jovem! Se o outro erra contra você, você não precisa errar contra ele. Não fraude a sua própria consciência justificando um erro pelo outro. Jesus, há dois mil anos, já ensinou a como não cair nessa armadilha: fazer ao outro aquilo que gostaria que o outro lhe fizesse. Portanto, faça ao outro aquilo que você gostaria que ele lhe fizesse. E se o outro cometer alguma atitude fraudulenta contra você, não se preocupe, porque um dia ele acertará contas com a própria consciência dele. E não há juiz mais implacável do que a própria consciência.

Vinicius Del Ry Menezes