JESUS E A ESCOLA

JESUS E A ESCOLA

27/04/2023 Juventude 0

Jesus teve que apartar uma discussão entre os seus discípulos. Eles se indignaram porque a mãe de João e Tiago pediu a Jesus que seus filhos pudessem sentar ao lado do Mestre em seu futuro Reino.

Ofendidos, eles se levantaram contra João e Tiago, como se fossem alunos disputando a atenção de um professor e uma sala de aula.

Jesus, rapidamente, chamou-os à realidade, dizendo:

– Vocês sabem que os príncipes das nações as dominam e que os grandes as tratam como império. Assim não deve ser entre vocês. Aquele que quiser ser o maior, que seja o menor.

O Mestre demonstra, nesse ensinamento, como o orgulho destrói as relações humanas.

Ele mostra que os grandes reis, príncipes e governantes do mundo, embriagados pelo poder, tratam seus subordinados como escravos sujeitos aos seus próprios caprichos e desmandos.

Jesus alerta para que seus discípulos não reproduzam entre si esse comportamento.

Isso porque foi o orgulho ferido que os levou a se levantarem contra dois companheiros de trabalho e discipulado.

Como João e Tiago podem ser melhor do que eu? Como eles têm o direito de se sentarem à direita e à esquerda do Mestre, em seu Reino? Como a mãe deles ousa vir aqui pedir tal favor? Quem eles pensam que são? Esses foram alguns dos pensamentos dos demais discípulos.

E Jesus arremata a lição incentivando-os a se tornarem grandes, mas da maneira correta: tornando-se os menores, ou seja, humildes de coração.

Interessante notar que os apóstolos, enquanto discípulos do Mestre Jesus, não deixavam de formar uma escola.

Ainda hoje, nas escolas, esse comportamento é reproduzido: alunos orgulhosos querem se tornar melhor do que os demais.

Por isso, muitos praticam o bullying contra aqueles alunos considerados “inferiores”.

Outros competem nos esportes de forma desleal.

Alguns esnobam a dificuldade cognitiva do colega, recusando-se a ajudá-los nos estudos.

Vários tratam de maneira preconceituosa as meninas, os LGBTQIA+, os obesos, os deficientes físicos e mentais, os pobres, os negros, os do outro time, os do outro partido político…

E alguns descambam para a violência pura, praticando crimes escabrosos, tirando vidas inocentes, acreditando que são os “maiores” por ter essa “coragem” e, ainda por cima, são reverenciados por outros que pensam igual.

A violência na escola é consequência da falta de compreensão de que todos somos iguais, de que não há melhores e piores, superiores e inferiores.

Enquanto os laços de amizade, de respeito, de pertencimento, de amor e de carinho não forem resgatados, as escolas continuarão um lugar inseguro.

Jovem! Seja o “menor” no sentido evangélico do termo: ajude, ampare, inclua, aconchegue, ensine, acolha os seus colegas. Não queira ser o melhor: seja apenas um amigo, no que essa palavra tem de mais sublime.

Vinicius Del Ry Menezes