JESUS E A CIÊNCIA

JESUS E A CIÊNCIA

27/02/2020 Juventude 0

Jesus sabia que a lei mosaica, ou seja, as leis que Moisés criara para manter a paz na sociedade da época, apesar de necessárias, eram insuficientes. Pior: Jesus sabia que essas leis eram usadas de forma cega, elitista e dogmática, em outras palavras, sem interpretação, apenas para os ricos e somente cultuando o mundo exterior e não o interior.

Por causa desse apego à palavra fria da lei, Jesus sabia que seus ensinamentos abalariam a sociedade. Não que os seus ensinamentos fossem contra aquelas leis, mas porque seus princípios aprofundavam o aspecto moral delas. Mas nem todos estavam preparados para isso, principalmente os mais ricos cidadãos da época.

Para deixar bem claro que ele não vinha para negar as leis de Moisés, Jesus, durante o Sermão da Montanha, disse para a multidão que o ouvia: “não vim destruir a lei, mas sim dar-lhe cumprimento”.

Esse ensinamento de Jesus carrega dois grandes princípios, um bem explícito e outro implícito.

Explicitamente, Jesus deixa claro que os ensinamentos que ele pregava não eram contra as leis mosaicas, mas sim a aplicação prática dessas leis no dia-a-dia. Por isso, ele resumiu os dez mandamentos em apenas dois: “amar a Deus sob todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo”. Em verdade, todas as leis mosaicas encontram-se nesses dois mandamentos de Jesus. Em verdade ainda, em nossa sociedade atual, se cada um de nós praticasse esses mandamentos de Jesus, não haveria a necessidade de tantas leis civis e penais.

Mas esse ensinamento de que ele não veio para destruir a lei tem, implicitamente, outro significado.  Como a sociedade daquela época era muito ignorante sobre as leis científicas, Jesus não poderia, e nem deveria, falar explicitamente sobre a Ciência.

A lei a qual ele se refere também diz respeito às leis científicas. Jesus sabia que há seu tempo a ciência ganharia uma importância maior do que naquela época e revelaria verdades universais que, em última instância, provariam a existência de Deus, como a física quântica, hoje, está prestes a provar a existência do espírito.

Ora, se Jesus alega que Deus criou tudo, então Deus criou a ciência. Se Deus criou a ciência, Deus não a criou para que O contradissesse, mas, sim, para explicar tecnicamente como as leis universais criadas por Ele se dão em termos práticos. Em outras palavras, enquanto a religião explica o porquê das coisas, a ciência deve explicar como isso ocorre tecnicamente.

Sendo assim, Jesus deixa bem claro que a ciência não é inimiga da religião, e que nem a religião deve ser inimiga da ciência. Cada uma em seu campo de trabalho deve ajudar a humanidade a avançar moralmente.

Isso prova que a divisão e a guerra que há entre aqueles que só acreditam na ciência e aqueles que só acreditam na religião, é infundada. Ambas, religião e ciência, devem avançar juntas, pois somente elas duas podem sustentar de forma pacífica o crescimento moral da humanidade.

Quando só a ciência avança, a humanidade cria grandes artefatos de guerra capazes de nos levar à destruição em massa. Quando só a religião avança, a humanidade é manipulada e escravizada em suas liberdades básicas de pensar e agir.

Jovem! Não entre nessa rixa entre religião e ciência. Saiba que ambas precisam evoluir, cada uma a sua maneira, para que cada uma dê o apoio necessário à outra e, dessa forma, a humanidade possa evoluir de maneira mais tranquila. Jesus já sabia, há mais de dois mil anos, que a ciência a cada dia ampliaria os horizontes humanos dando cumprimento a tudo aquilo que ele disse. Por isso, abra sua mente, reflita, questione, raciocine. Assim, você perceberá que ciência e religião andam lado-a-lado na construção de uma sociedade mais justa.

Vinicius Del Ry Menezes