SETEMBRO AMARELO

A OMS (Organização Mundial da Saúde) vem, nesses últimos anos, estimulando os países a atuarem com políticas públicas para realizarem ações de prevenção para a redução do crescente número, próximo ou superior a 1 milhão de suicídios por ano.
Recente publicação do DATASUS, indica que nos últimos 20 anos o número de suicídios subiu de 7 para 14 mil, o que significa um suicídio a cada hora no Brasil, superando o número de mortes por acidentes de moto no mesmo período.
Setembro Amarelo é o mês que dá visibilidade para falar e fazer ações para conscientização sobre a prevenção do suicídio.
Porém, o Setembro Amarelo deve ser o ano todo, pois a vida é de suma importância, seja qual for o mês. E por isso deve-se quebrar o tabu que não se deve falar a respeito do suicídio para não incentivar quem está pensando sobre isso, a realizar o ato.
Isso é um grande engano, pois muitas vezes o falar, o olhar para a situação, pode-se tirar uma pessoa desse estado de sentimento e pensamento de não valia para a vida.
A morte por suicídio não pode ser contabilizada como uma fria estatística.
Ações têm que ser feitas para que a estatística caia e o valor da vida aumente.
Existem várias razões, e muito mais pessoas do que se imagina já tiveram a intenção em comum de tirar a própria vida.
Entre o pensar e o realizar, ações têm que ser feitas; e a primeira medida preventiva é a educação.
É preciso deixar de ter medo de falar sobre o assunto, esclarecer, ter um ar atento, ter ouvido de ouvir, e fazer isso com empatia e amor.
Não se fala do assunto, pois expõe o ser a seus limites e suas fraquezas como se ficassem expostos.
Porém, quem não tem seus questionamentos?
Temos que ver um suicida como uma pessoa que clama, silenciosamente, por socorro.
Que clama por vida……
Sim, e vida é o que nos move, e por isso que devemos nos educar sobre o suicídio, pois muitas vezes está mais perto do que imaginamos.
Desvendar o tema, tirar o tabu religioso, investir na espiritualização, tirar da sombra e trazer para a luz da consciência do mundo.
Esse é o trabalho de amor.
Valorizar a vida.
Denise Costa – Psicóloga