O EXERCÍCIO DO BEM

O EXERCÍCIO DO BEM

16/12/2024 Amor e Luz 0

O bem é tudo que está conforme a lei de Deus; o mal, tudo que lhe é contrário. Assim, fazer bem é proceder de acordo com a lei de Deus.

O exercício do bem deveria, portanto, ser uma prática natural em todo o ser humano, isto porque este é inato na criatura humana, feita a imagem e semelhança de Deus.

Por que então, temos tanta dificuldade em praticá-lo? Ocorre que Deus ao nos criar inseriu em nosso selfie (eu) os valores essenciais, que são todas as virtudes que nos fazem semelhantes a ele, tais como a humildade, a paciência, a alegria e a bondade, valores que constituem o nosso lado luz, a nossa divindade interior, que permanece em estado latente, aflorando à medida que evoluímos através das reencarnações.

Envolvendo nosso selfie, existe uma camada densa e grosseira, chamada Ego, formada por valores transitórios, resquícios do primitivismo animal pelo qual transitamos em nossa jornada evolutiva, tais como o ódio, violência, ambição, intolerância, impaciência, etc…

Criados por Deus para perfeição e a plenitude, o homem sabe instintivamente que deve buscar o prazer, a alegria, a felicidade a qualquer custo, e o faz através de valores transitórios, tornando-se muito difícil nos libertar dessas inferioridades.

Daí a dificuldade em aderirmos ao exercício do bem que nos pede sacrifício e renúncia para os quais ainda não estamos preparados. É preciso então, uma grande motivação, um argumento suficientemente capaz de nos convencer de que a prática do bem é para nós a melhor opção.

Se optarmos pela prática do bem, mesmo que a princípio estejamos movidos pela intenção de quitar nossas dívidas e abreviar nossos resgates, iremos aos poucos tomando gosto, sentindo a diferença desse bem estar, o que se tornará espontâneo em nós. Há cerca de 4 ou 5 anos Ulrich Mayr, professor de psicologia da Universidade de Oregon, desenvolveu uma pesquisa onde entregou a 19 voluntárias um montante de 100 dólares a cada uma, acompanhando ainda a atividade cerebral de cada uma por meio de ressonância magnética.

Algumas das mulheres ao observarem que parte do dinheiro a ser distribuído iria para uma instituição que dava comida de graça a necessitados tiveram, a área do núcleo caudado e núcleo accumbens, ativados devido a uma sensação de prazer. E se esse dinheiro era dado espontaneamente aos necessitados, o efeito nessa área cerebral de prazer era ainda maior.

Então, para sermos felizes, não é preciso que se estimule a produção de hormônios adrenais (Sistema Nervoso Autônomo), praticando esportes radicais, usando drogas, praticando o abuso de sexo, ou acumulando excessivos bens materiais.

 Observemos o que Jesus nos afirmava; “Aquele que beber da água que eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14).

A água viva é o conhecimento da verdade sobre nossa própria divindade, e nos conduz à conclusão de que só o exercício permanente do bem nos fará aproximarmos de Deus, tornando-nos com ele cocriadores.

Encerremos repetindo a máxima de Kardec: “Fora da Caridade Não Há Salvação”.

Revista Literária Espírita Delfos

Ivone Fonseca