JESUS E O CISCO NO OLHO

JESUS E O CISCO NO OLHO

15/02/2024 Juventude 0

Jesus disse: como é que você vê um cisco no olho do seu irmão, mas não vê a trave no seu olho? E complementou: hipócrita, primeiro tire a trave do seu olho e depois veja como pode tirar o cisco do olho do seu irmão.

De forma metafórica, Jesus compara as críticas e os julgamentos que fazemos uns aos outros com o cisco que cai no olho.

Como podemos ver um pequeno cisco no olho de outra pessoa e não ver a grande trave que está no nosso?

Como podemos ver o pequenino defeito de nosso irmão e não ver o grande defeito moral em nós próprios?

Como querer tirar o pequeno cisco do olho do outro se somos incapazes de tirar a grande trave dos nossos.

E como querer que o outro supere seus pequenos defeitos se não conseguimos nem reconhecer os nossos próprios?

Por isso Jesus incentiva que não julguemos, para não sermos julgados. Por isso o Mestre nos ensina a sermos misericordiosos para que também obtenhamos a misericórdia de que necessitamos.

Notemos, porém, que Jesus não diz para ignorarmos o cisco no olho do outro. Ele incentiva que não julguemos e nem tentemos tirá-lo antes de reconhecermos as nossas próprias traves.

Psicologicamente, é necessário que a gente veja o cisco do outro para que possamos reconhecer o nosso. A gente só reconhece no outro aquilo que consciente ou inconscientemente temos em nós mesmos.

E a partir desse reconhecimento em nós, é que podemos trabalhar para sublimarmos os nossos defeitos, tirando as traves que ainda nos impedem de termos uma visão clara sobre a Vida.

É necessário, inclusive, que a gente veja os ciscos alheios, os defeitos dos outros, os vícios e atitudes equivocadas para que, primeiro, possamos aprender sobre nós mesmos e como melhorarmos intimamente e, segundo, para evitarmos que essas pessoas prejudiquem a comunidade.

Se não víssemos a maldade alheia, se não reconhecêssemos os vícios, se não identificássemos as atitudes criminosas, viveríamos em uma sociedade muito mais perversa e violenta do que a atual.

Inclusive, os grandes saltos sociais foram dados ao reconhecermos o mal.

Jesus, inclusive, não cansou de denunciar o mal onde ele o viu. O Mestre, porém, nunca, em hipótese nenhuma, julgou o seu praticante. Pelo contrário, acolheu todos os que estavam envolvidos na maldade, mostrando-lhes o caminho do bem.

E é justamente isso que o Mestre espera de nós.

Que sejamos capazes, sim, de vermos os ciscos nos olhos de nossos irmãos, mas que não sejamos hipócritas a ponto de não ver os nossos.

Que sejamos capazes, sim, de vermos o mal onde ele se encontra, sem julgar, criticar e humilhar aquele que o pratica.

Jovem! Não se fixe em demasia nos erros, nos defeitos, nos vícios e na maldade das outras pessoas. Aprenda com os erros dos outros, para que você não os cometa de forma igual ou até pior. Ao ver o cisco no olho de seu irmão, analise se você também não o possui e, se possível, ajude-o tirando a trave que está no teu olho. Essa atitude, muito provavelmente, irá inspirá-lo a fazer o mesmo.

Vinicius Del Ry Menezes