JESUS E AS DROGAS

JESUS E AS DROGAS

10/12/2020 Juventude 0

Jesus, após dar uma série de ensinamentos sobre a importância do desapego aos bens terrenos, terminou sua lição com a seguinte conclusão:

– Ninguém pode servir a dois senhores porque, ou odiará a um e amará a outro, ou se afeiçoará a um e desprezará o outro. Não se pode servir, ao mesmo tempo, a Deus e a Mamon.

Mamon seria a personificação do anti-Deus, o apego excessivo às coisas terrenas, materiais.

Com esse ensino, Jesus não quer endossar a preguiça, o desleixo, a vadiagem. O Mestre, sempre que pôde, incentivou o trabalho, o progresso, a evolução.

O Mestre tão somente quer nos ensinar que existe uma diferença entre o uso e o acúmulo justo dos bens materiais honestamente adquiridos por meio do trabalho e o apego excessivo ao supérfluo que obriga a pessoa a trabalhar cada vez mais para adquirir aquilo que nem faz falta para ela.

Em geral, pessoas muito materialistas que só visam dinheiro, sentem uma profunda insegurança e medo de se verem desamparadas porque, para elas, somente existe o aqui e o agora, a matéria, o mundo físico em que estagiamos. Essas pessoas, em geral, não acreditam que somos espíritos criados por Deus para evoluirmos, de reencarnação em reencarnação, rumo a esferas espirituais mais elevadas, e também não compreendem que a matéria em que atualmente vivemos é apenas e tão somente um meio de evolução espiritual que deve ser usada com uma finalidade elevada em nossas vidas.

Infelizmente, essas pessoas sentem um profundo vazio interior, pois não veem propósito em suas vidas.

Essa falta de propósito, muitas vezes, é agravada por outros tipos de problemas: abandono dos pais, que pode ser físico ou emocional; dificuldades de aprendizagem; más companhias; dificuldades íntimas não compreendidas e por isso mesmo não resolvidas, tais como o medo, a insegurança, a baixa autoestima, a revolta, a raiva, o sentimento de inadequação e várias outras.

No auge da sensação de vazio interior, da falta de propósito, eis que surge uma salvação mágica, milagrosa, que entorpece aquele vazio nauseante promovendo uma euforia e alegria nunca antes vivida: a droga.

A droga oferecida por aquela “amizade” torna-se um salvador momentâneo que, para funcionar cada vez mais, exige uma coisa em troca: a escravidão, o uso de quantidades cada vez maiores.

A cada nova dose, um pico de emoção seguida por uma queda vertiginosa naquele vazio de antes. E para preencher aquele vazio, agora mais profundo, uma nova dose, maior e mais potente, é necessária para se atingir um pico ainda maior de emoção, novamente seguida por outra queda vertiginosa no vazio.

Assim, quanto mais o usuário se droga, mais ele se afunda no vazio existencial.

Viciado, já não consegue mais abandonar sozinho o vício.

Aqueles que procuram tratamento enfrentam um longo e árduo caminho de recuperação, muitas vezes interrompido por novas quedas. Se antes faltava um propósito de vida, agora o propósito passa a ser a sobrevivência, pura e simples. Sobrevivência ameaçada minuto a minuto, pois a menor invigilância pode levar à droga novamente. E o abuso leva à morte.

Pelo exposto, a lógica nos diz que o melhor tratamento contra a droga é justamente não experimentá-la em hipótese nenhuma.

Mas para isso é necessário que tenhamos um propósito firme em nossas vidas, algo que nos dê pelo que lutar, pelo que viver.

E Jesus, há dois mil anos, nos deu um propósito divino: amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos. E há dois mil anos não conseguimos entender como é libertadora essa lição.

Amar-nos é justamente encontrar o nosso lugar no mundo. Amando-nos, amamos o próximo. Amando o próximo, amamos a Deus, Pai eterno que nos criou para o crescimento e evolução de nós mesmos.

Em outras palavras: quando cada um de nós nos respeitamos como somos e respeitamos o outro como ele é, respeitamos a obra de Deus e, assim, cedo ou tarde encontramos o nosso objetivo de vida sem precisarmos nos entregarmos a nenhum tipo de droga.

Jovem! É natural nessa fase da vida não nos amarmos e nem entendermos qual é o nosso lugar no mundo. Por isso, quanto mais conhecimentos sobre as verdades espirituais você tiver, melhor e mais fácil será para que você se entenda e encontre um propósito na sua vida. Aceite-se como você é, independente das críticas que você ouça. Afaste-se de amizades tóxicas. Estude artes. Pratique esportes. Frequente uma religião. Aceite que Deus é o senhor de nossa vida. E dessas práticas, o seu objetivo de vida, cedo ou tarde, surgirá.

E jovem! Caso você já tenha entrado no vício da droga, procure ajuda. Há tratamento especializado com médicos, psicólogos, terapeutas, assistentes sociais. Se não encontrar forças dentro de si mesmo para pedir ajuda, fica a dica: ore. Faça uma oração a nosso Pai, Deus, que jamais nos abandona. Ore com o seu coração que Ele te enviará a força necessária para que você procure ajuda e o incentivo preciso para que você não abandone o tratamento.

Vinicius Del Ry Menezes