JESUS E A EXPECTATIVA

JESUS E A EXPECTATIVA

08/12/2022 Juventude 0

A expectativa pela vinda do Messias era imensa. Há décadas, o povo esperava a chegada daquele que seria o libertador de Israel.

A ansiedade crescia em todos. Do pobre ao rico, do servo ao rei, dos profanos aos religiosos, todos aguardavam a vinda daquele que as escrituras sagradas chamavam de O Prometido, o Messias.

Essa expectativa gerava esperanças em dias melhores.

O espírito Humberto de Campos*, por meio da psicografia de Chico Xavier, no livro Boa Nova narra que “ia chegar à Terra o Sublime Emissário. Sua lição de verdade e de luz ia espalhar-se pelo mundo inteiro, como chuva de bênçãos magníficas e confortadoras. A Humanidade vivia, então, o século da Boa Nova. Era a ‘festa do noivado’ a que Jesus se referiu no seu ensinamento imorredouro. Depois dessa festa dos corações, qual roteiro indelével para a concórdia dos homens, ficaria o Evangelho como o livro mais vivaz e mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria”.

Se naquela época a expectativa gerava esperança pelas mudanças positivas que se avizinhavam, hoje, porém, a expectativa da maioria das pessoas refere-se única e exclusivamente ao campo material, gerando os mais torturantes sentimentos.

Espera-se ansiosamente pelo lançamento do novo modelo de celular.

Espera-se ansiosamente pela viagem de férias para o exterior.

Espera-se ansiosamente pela compra daquele produto que hoje se faz vital, mas que amanhã, após ser adquirido, cai no esquecimento, sendo substituído por uma nova necessidade angustiante.

Espera-se ansiosamente pela troca de carro pelo modelo do ano.

Espera-se ansiosamente pelo lançamento da temporada nova daquela série famosa.

Espera-se ansiosamente pelo aumento de salário.

Espera-se ansiosamente pela balada do fim de semana.

Espera-se ansiosamente por tudo o que se refere aos bens materiais, ficando os bens espirituais relegados a segundo plano, quando não totalmente esquecidos.

Os bens materiais são necessários para a vida humana e o problema não é trabalhar por adquiri-los e nem os utilizar dentro das obrigações diárias da vida moderna.

O grande problema é a expectativa torturante a que muitas pessoas se entregam, fazendo com que suas vidas girem em torno exclusivamente dos bens materiais, de modo que elas vivem para comprar.

Como salário nenhum compra todos os falsos desejos a que se entregam, essas pessoas vivem angustiadas, ansiosas, sofridas, invejando o que a outra tem, em uma expectativa que nunca se realizará, a ponto de a pessoa ficar completamente estagnada em sua vida, pois inconscientemente sabe que pouco conquistará desses bens.

Já a expectativa por se adquirir os bens espirituais, morais e emocionais, gera a força de vontade necessária para se buscar o amadurecimento emocional, o único bem capaz de gerar a paz de espírito. Paz essa que gera a satisfação por quem se é e pelo que se tem.

Jovem! Não caia na falsa expectativa gerada pelos bens materiais. Trabalhe por adquirir os bens espirituais, pois eles são os únicos que podem gerar a verdadeira paz de espírito e, por conseguinte, podem trazer os bens materiais suficientes e necessários para uma vida digna e próspera.

Vinicius Del Ry Menezes

*sugere-se a leitura do livro Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografia de Chico Xavier, editora FEB para o aprofundamento dessa e de muitas outras questões relativas ao Evangelho de Jesus.