JESUS E A ELEIÇÃO

JESUS E A ELEIÇÃO

29/09/2022 Juventude 0

Quando Jesus disse para os seus discípulos “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” ele já sabia que Judas o havia denunciado, por ter se envolvido nas intrigas políticas do Sinédrio.

O Sinédrio, órgão político-religioso da época, comandado pelo Sumo-Sacerdote Caifás, temia que Jesus prejudicasse as regalias dos sacerdotes frente ao poder romano, representado por Pilatos.

Embora o Sinédrio desejasse a libertação política e militar, o maior medo era que Jesus fosse o libertador, porque eles desejavam substituir o poder de Roma pelo poder deles próprios.

Ao se envolver na política baixa, vil, mesquinha do Sinédrio, Judas acreditava sinceramente que Jesus seria o libertador político de Israel em relação ao domínio de Roma.

Quando Judas percebeu que o objetivo na verdade era outro, Jesus já estava preso, sendo torturado.

O objetivo do Sinédrio era matar Jesus, por temerem perder o poder.

O objetivo de Jesus era ensinar o caminho, a verdade e a vida espiritual.

Mesmo sabendo que a traição de Judas o levaria à morte, naquela última ceia com os seus discípulos, Jesus incentivou a todos a se amarem.

Porque somente o amor cobre a multidão de pecados, a multidão de erros humanos, a multidão de mesquinharia, a multidão de intrigas, a multidão de egoísmo.

Para Jesus, os seus perseguidores, os seus algozes, os seus assassinos também são filhos de Deus, merecedores de amor.

Por isso Jesus não se afligia pelas intrigas políticas, pela violência, porque ele sabia que a cada um seria dado segundo as suas obras. E que em última instância, somente Deus é quem tem poder de fato.

Paulo de Tarso compreendeu isso em profundidade. Na primeira carta que enviou a Timóteo, ele escreveu: “pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida justa e sossegada em toda a piedade e honestidade”*.

Emmanuel explica a frase acima dizendo que “são eles, os nossos irmãos conduzidos à eminência do poder e da fortuna, da administração ou da liderança, que carregam tentações e provas ocultas de toda espécie, padecendo vicissitudes que, muita vez, se retratam de lamentável maneira nas coletividades que influenciam”.

Mais a frente, Emmanuel incentiva para que “não nos esqueçamos, pois, da oração pelos que dirigem, auxiliando-os com a benção da simpatia e da compaixão, não só para que se desincumbam zelosamente dos compromissos que lhes sela a rota, mas também para que vivamos, com o sadio exemplo deles, na verdadeira caridade uns para com os outros, sob a inspiração da honestidade, que é base de segurança em nosso caminho”.

Jovem! Nessas eleições, vote nos candidatos que a sua consciência lhe diz. Mas ore por todos os que forem eleitos para que eles tenham força moral para não caírem nas tentações do poder, do dinheiro, da sensualidade, da corrupção. Amemo-nos uns aos outros como Jesus nos amou. Isso inclui os políticos que forem eleitos.

Vinicius Del Ry Menezes

*sugere-se a leitura do capítulo 39 do livro Palavras de Vida Eterna, psicografia de Chico Xavier, para aprofundamento dessa questão.