JESUS E A ALEGRIA

JESUS E A ALEGRIA

13/02/2020 Juventude 0

Certo dia, Jesus caminhava com seus discípulos quando um grupo de crianças, alvoroçadas, aproximou-se dele. Os discípulos, temendo que elas atrapalhassem Jesus, logo correram para impedi-las de se aproximarem. Vendo isso, Jesus disse: “deixe que as crianças venham até mim, porque o reino dos céus são para pessoas que se pareçam com elas”.

Os discípulos abriram caminho e as crianças se aproximaram de Jesus que, com imensa alegria e um grande sorriso nos lábios, abençoou uma por uma.

A alegria e o amor envolveram a todos.

À noite, no grupo de estudos que Jesus mantinha com seus discípulos, o discípulo André, após a oração inicial, pediu que o mestre falasse mais sobre a alegria.

Com um sorriso nos lábios, Jesus explicou que a alegria é um estado da alma que surge no momento em que praticamos alguma gentileza. Um ato gentil é capaz de despertar em nossos corações uma energia poderosa de caridade ao mesmo tempo em que desperta um sentimento de esperança para aquele que a exerce. Sendo assim, a alegria surge da somatória entre essas duas energias. Por isso, aquele que pratica alguma gentileza torna-se alegre. E, ao exercer cada vez mais a alegria, mais essa alegria torna-se amor.

Para tornar a explicação mais clara, Jesus contextualizou-a com a cena das crianças, durante o dia. Ele disse: “André, no momento em que pela minha força de vontade eu agi para abençoá-las, eu não só as protegi em nome de meu Pai, mas também despertei uma paz em meu coração que se tornou uma alegria tão grande por ter aqueles pequeninos ali, que vocês, meus discípulos, sentiram as vibrações desse amor. E esse amor tocou os vossos corações despertando a alegria que cada um de vocês traz dentro de si mesmos. Mas vocês precisam aprender a liberar essa alegria por si próprios, e só a conseguirão no dia em que a gentileza for a base de todos os seus atos”.

Envergonhado por ter tentado afastar as crianças de Jesus, André retrucou que elas estavam fazendo muita algazarra e temia que elas o atrapalhassem.

O Mestre arrematou a lição, dizendo: “De fato, André, a alegria nada tem a ver com algazarra, gritos que perturbam o ambiente e brincadeiras irresponsáveis que podem levar até mesmo à morte. Porém, toda criança traz, dentro de si própria, a energia da alegria. Se essa energia não for bem conduzida por seus responsáveis, ela pode sim levar a criança, e em especial os adolescentes, a cometerem terríveis atos. Mas se bem orientada, amparada, ouvida e conduzida, ela torna-se uma força construtiva para o bem que pode mudar a humanidade toda. Por isso o reino dos céus são para aquelas pessoas que se assemelham com as crianças: a pureza alegre de seus corações os conduzem para realizações caridosas, das mais simples às mais complexas, e, para cada ação gentil, a alegria se expande, tocando os corações de uns e de outros, expandindo o amor puro de que tanto a humanidade precisa”.

Jovem! Parece que a tristeza surge no período da adolescência. Mas na verdade a gente sempre enxergou essa questão pelo lado errado. Não é a tristeza que surge na adolescência. É que na adolescência a gente para de ser tão gentil como éramos quando crianças. E a gente faz isso por vergonha do que os amigos dirão. Mas a alegria está lá, sufocada. Portanto, seja sempre gentil, independente do que digam, e você perceberá que a alegria voltará ao seu coração e, daí, utilize-a não de forma desordenada, mas de maneira que ela seja o resultado de suas boas ações.

Vinicius Menezes