APRENDENDO A CONTAR

Telminha chegou feliz da escola. Aquele dia tinha sido muito especial, ela aprendera os números de 1 a 10, dias seguidos ela os repetia sem parar.
Passado uma semana, ela contou 10 coleguinhas na classe, e acabou aprendendo a contar até 20, 30, 50.
E foi um tal de falar números por um bom tempo, agora era ela quem fazia as ligações no telefone de casa, ligava para o pai, a avó, amiguinhas, etc…, e tudo que contava sobre a sua vida usava os números.
Contava quantas colheradas faltavam para acabar de comer a comida, quantas vezes seu pai lhe dizia que estava ocupado, quando ela queria brincar com ele; sabia quantos degraus tinham na escada de sua casa, quantas vezes seu pai brigou com sua mãe, e quantas vezes a fizeram calar a boca.
Mas Telminha contou, também, quantos presentes ganhou em seus aniversários, quantos brigadeiros comeu em cada festa, contou até o número de passos que a levaram até a escola.
O tempo foi passando e Telminha crescendo.
Agora ela faz questão de contar todas as bênçãos de Deus em sua vida. Ela diz que essa conta ela não consegue terminar, porque Deus lhe dá tantas coisas, que ela perde as contar.
Ela cresceu e aprendeu que a vida é assim mesmo: um dia a gente enumera as coisas boas, e as coisas ruins é melhor não enumerar.
Bom mesmo é agradecer a Deus por tantas coisas boas que se tem a contar.
Revista Literária Espírita Delfos
Adeilson Salles