A SAÚDE (OU SUA FALTA)

A SAÚDE (OU SUA FALTA)

20/02/2023 Amor e Luz 0

COMO CAMINHO DE EDUCAÇÃO ESPIRITUAL

Para nós encarnados, esta oportunidade na matéria através da reencarnação é trabalho para si, que deve ser valorizado e bem aproveitado. Ao contrário do que muitos pensam a reencarnação não é um castigo, mas antes um privilégio, pois o mergulho na carne atua como um anestésico para consciências em desespero e um apressamento no resgate de débitos. Como citou Richard Simonetti, a vida atua como uma lixa grossa, aparando nossas arestas através do convívio familiar e social. Acreditando ser o relacionamento interpessoal uma grande ferramenta para a evolução, pois é na convivência diária que nos apresentamos com autenticidade e temos muitos desafios de caráter a superar, tais como o egoísmo e o orgulho.

Criados simples e ignorantes, recebemos de Deus um veículo da manifestação material denominado corpo físico. Ligando o corpo físico ao espírito existe o Perispírito, que é um envoltório semimaterial, intermediário entre os dois planos da existência. Sim vivemos em dois mundos!

E da qualidade vibratória do períspirito é que depende nosso estado de saúde, ou seja, o espírito imortal é quem determina, através de pensamentos e sentimentos transmitidos pelo períspirito ao físico, o grau de nossa felicidade ou infelicidade sobre a Terra.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), saúde é um estado de equilíbrio físico, mental, emocional e social. Logo, saúde não deve ser um estado imutável a ser atingido, mas, acima de tudo, uma condição dinâmica, resultado de constante trabalho de equilíbrio interior.

Desse ponto de vista, como qualificar o estado de saúde da humanidade atual? Fica essa observação para reflexão.

De acordo com “O Livro dos Espíritos”, entende-se que a verdadeira saúde depende de um corpo físico adequado e funcional (não necessariamente perfeito), e de adequadas condições mentais, emocionais, intelectuais e morais. Da sabedoria oriental, Buda pregava que o caminho do meio, ou seja, o equilíbrio é a justa medida, não se exigindo estados de perfeição, mas sim de adequação individual.

Então, de acordo com a definição de saúde uma pessoa que tenha hábitos saudáveis e regulares de exercícios físicos e alimentação, mas conviva com doenças restritivas, como diabetes e hipertensão, é muito mais saudável do que alguém comprometido com vícios (aparentemente inócuos e considerados socialmente legais como a gula, a falta de sono, o excesso de trabalho, o beber socialmente), que atuam como sementes de doença. No imediatismo que nos é típico, classificaríamos como doente somente alguém que tivesse uma patologia manifesta. O diferencial nessas condições citadas são atitudes positivas de autoproteção, respeito próprio e aceitação.

 A doença, quando nos ataca, inicia-se a mente e, quando se apresenta no físico, revela um padrão de antigas desordens. A Medicina, sempre baseada em sintomas específicos e localizados, aos poucos, está absorvendo o conceito de holística. Corpo e mente  se  inter-relacionam e são interdependentes.

Originamos doenças através de nosso livre arbítrio. Pode ser inaceitável o fato de que escolhemos adoecer, mas assim o é, pela escolha de pensamentos doentios, desejos descontrolados, emoções desequilibradas. Ninguém quer sofrer de bronquite, mas são poucos os que realmente querem deixar de fumar. Foi Deus que “puniu” a pessoa com uma bronquite crônica ou a sua falta de vontade de cuidar-se? Da mesma forma, ninguém opta, conscientemente, por gerar um carcinoma, mas verifica-se o apego e a insistência no cultivo de velhas mágoas em detrimento do perdão, principalmente do autoperdão. Outro exemplo de nossa falta de vigilância esta nas infecções bacterianas: são as bactérias que nos causam mal? Abrigamos milhões de seres microscópicos em nosso organismo que trabalham em nosso favor (flora), mas situações desequilibrantes fazem com que essas mesmas bactérias nos causem infecções, pois rompem o equilíbrio energético natural de nossas defesas imunológicas.

Poderíamos citar muitos e muitos exemplos de doenças, mas o importante é perceber a nossa integral responsabilidade em todos os aspectos de nossa vida. Nesse caso, nós somos os nossos médicos, sendo a melhor profilaxia e também tratamento as autoconsciências.

Jornal Universo Espírita