A PÁSCOA NA VISAO ESPÍRITA

O Espiritismo respeita as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs, como também não as proíbe a seus adeptos.

Páscoa ou passagem simboliza a libertação do povo Hebreu da escravidão sofrida durante séculos no Egito, mas o Cristianismo comemora a Ressurreição do Cristo que se deu na Páscoa Judaica do ano 33 da nossa era, e celebra a continuidade da vida.

Na questão da ressurreição, para nós espíritas Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos, com seu corpo espiritual que chamamos de períspirito, o que não corresponde a uma ressurreição corporal, física.

Jesus de Nazaré não precisou alterar as leis naturais do nosso mundo para firmar seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo o da ressurreição, o que não invalida a festa da Páscoa.

A Páscoa Judaica pode ser interpretada como a nossa libertação da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento e o comportamento ético-moral. A travessia do Mar Vermelho representa as dificuldades para a transformação; a Páscoa Cristã representa a vitória da vida contra a morte, do sacrifício pela verdade e amor.

Jesus de Nazaré demonstrou que pode se condenar e matar os homens, mas não se consegue matar as grandes ideias renovadoras, os grandes exemplos de fraternidade ao próximo e de valorização da vida.

Como vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito de que aprendemos na doutrina, que a vida só pode ser definida pelo amor, e amor pela vida, foi para isso que Jesus de Nazaré veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, plena de puro amor.

Jornal Espírita