JESUS E A POLÍTICA

JESUS E A POLÍTICA

05/03/2020 Juventude 0

Jesus, após ser preso, foi levado à presença de Pilatos, o representante de Roma na Palestina. Naquele período, o Império Romano dominava todo o mundo conhecido da época, estendendo seus domínios da Europa até a Palestina.

Os judeus, claro, odiavam os romanos, pois se sentiam escravizados por eles e desejavam se livrar dos dominadores.

Havia uma profecia na época que narrava a vinda de um Messias que libertaria o povo. Messias significa “o escolhido”. A interpretação que o povo fazia dessa profecia era de que um homem viria e libertaria a Palestina do domínio romano, empunhando uma espada e escorraçando os dominadores. Acreditavam que seria uma libertação política por meio de uma revolta armada.

A profecia de fato se cumpriria, mas não da maneira como eles pensavam. O libertador, o escolhido, o Messias, era Jesus. Um homem simples, bondoso, amoroso, manso, mais parecido com um cordeiro. E a libertação que ele viria trazer não era a libertação material, política e econômica. Era a libertação espiritual, emocional, moral, de consciência.

Os principais políticos e líderes religiosos da época temiam Jesus, pois se ele realmente fizesse uma revolução política contra Roma, eles perderiam o seu poder terreno. Por isso, os políticos e líderes religiosos manipularam a situação para prender e matar Jesus, alegando de forma mentirosa que ele faria uma levante contra Roma.

Já os pobres, cegos, paralíticos, doentes, pessoas simples, entendiam Jesus como o grande médico das almas, o grande professor do mundo espiritual, o grande amigo que nos ajuda nos momentos difíceis, o grande irmão que nos protege.

Frente a frente com o representante romano, ao ser indagado por Pilatos se era o rei dos judeus, Jesus respondeu mansamente: “meu reino não é deste mundo”.

Com essas palavras Jesus deixou claro que para ele não importava a dominação política e econômica que Roma impunha à Palestina. Para ele, o mais importante, era o reino de Deus.

Reino de Deus, metaforicamente, pode ser lido da seguinte maneira: plano espiritual. Jesus é o primeiro que traz o conceito do mundo espiritual, o verdadeiro mundo em que vivemos e para o qual voltaremos após a morte e o plano mais importante da vida, já que, aqui no plano físico, terrestre, estamos de passagem para aprendermos e trabalharmos com o objetivo de nos tornarmos pessoas melhores.

Ao dizer que o seu reino não é deste mundo, ele deixa claro que o reino do qual ele é rei, é o mundo espiritual. O que ele quis dizer é que ele é o principal espírito condutor do plano espiritual do planeta em que vivemos. Imagine a dificuldade em explicar para pessoas analfabetas, incultas e preconceituosas daquela época conceitos como espírito, plano espiritual, reencarnação.  Por isso, Jesus se utilizou dessas metáforas.

Jovem! A lição do mestre é muito clara. Apesar de toda a politicagem na qual todos os países do mundo estão expostos, Jesus é o grande condutor do nosso planeta. Por isso, a maioria das discussões políticas não passa de discussões estéreis, pois é um grupo político tentando ter o poder em relação a outro. Se você quiser realmente ajudar politicamente a sociedade em que vive, ajude-a aplicando em seu dia-a-dia os ensinamentos de Jesus, os únicos capazes de realmente promoverem uma revolução. Não uma revolução armada, econômica, política. Mas sim uma revolução moral, onde cada ser humano se torna a mudança que deseja ver no mundo.

Vinicius Del Ry Menezes