NUM MOMENTO DE CRISE – PARTE I

NUM MOMENTO DE CRISE – PARTE I

28/07/2025 Amor e Luz 0

Quando nos vemos obrigados a encarar problemas e contrariedades, o tempo costuma ser um grande consolador. Ele apazigua as culpas, incita o perdão, dá consciência e renova as esperanças perdidas. É conselheiro fiel, indicando a hora certa para empreender novos passos com segurança.

A pressa, ansiosa e inconsequente, apenas confunde as peças do grande jogo da vida. Aquele que crê, que tem fé sincera, abraça à confiança inabalável que anima e a paciência, que arquiteta as melhores ações para tecer um amanhã melhor.

É na tranquilidade da espera que um homem precavido e sereno constrói seu porvir.

Há casos, porém, em que o tempo só faz agravar desarranjos e acentuar contrariedades. Longe de ser o bálsamo que alivia e consola, ele funciona como evidenciador de conflitos não resolvidos, avivando feridas mal cicatrizadas e embaralhando as cartas do destino.

Existe lógica nesta aparente contradição. O tempo obedece a uma das leis universais da criação: ele se processa em ciclos. Cada ciclo deve-se completar integralmente, cumprir sua função dentro do panorama geral de desenvolvimento de uma dada situação. Por vezes, sentimos que não há saída para os nossos problemas, mas, de um ponto de vista maior, isento e distanciado, aquele momento de sofrimento e desordem, pode ser compreendido apenas como um degrau, um patamar dentro de uma harmonia geral, de uma ordem mais vasta que é imperceptível para o ser localizado no estágio em que parece limitado e confuso.

É como uma espiral, cada volteio de sua corrente parece horizontal e estanque. Mas não é assim. As etapas são progressivas e, apenas da aparente imobilidade, seguem uma tendência inevitável em direção ao alto.

A lei da evolução é absoluta. Encaramos o mal, as crises, as dúvidas e fracassos, como quedas em nossa jornada existencial, por vezes acreditamos ter regredido, presos a acontecimentos desagradáveis, tropeços alheios, ou pessoas que nos constrangem e aparentemente atrasam. Mas embora assustem, tais contrariedades não são retrocessos, estamos aprendendo e crescendo incessantemente e o regresso não passa de uma ilusão que fere e abala, mas que incita a lutar e seguir.

CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA