JESUS E O COMODISMO

JESUS E O COMODISMO

04/12/2025 Juventude 0

Jesus pregava para a multidão curiosa, narrando parábolas, respondendo a perguntas, ministrando lições.

Em dado momento, um homem muito rico quis saber como entrar no Reino de Deus, já que ele seguia à risca os ensinamentos mosaicos.

Jesus o incentivou a vender todos os seus bens, reparti-los com os pobres e segui-lo.

O homem foi embora, desiludido.

Pedro disse a Jesus, como se quisesse a confirmação de que seria salvo:

– Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos.

Jesus respondeu:

– Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não haja de receber no presente muito mais, e no mundo vindouro a vida eterna.

A afirmativa de Pedro e a resposta de Jesus escondem uma lição muito interessante.

Ao dizer que ele e os demais discípulos deixaram tudo para seguirem Jesus, Pedro demonstra uma profunda lição de desapego, não só aos bens materiais, mas também dos laços familiares que, algumas vezes, nos prendem, impedindo o nosso crescimento moral.

Isso é um contraponto ao homem muito rico que não se dispôs a desapegar-se das posses materiais, dos laços familiares e seguir Jesus.

Esse homem muito rico, acomodado à vida que levava, não percebeu que era o seu comodismo que o impedia de ser feliz e entrar no Reino de Deus.

Em geral, nos acomodamos às situações da vida, sejam elas boas ou ruins, porque entramos na zona de conforto: aquela zona em que não precisamos fazer nenhum esforço de modificação e, por conseguinte, de crescimento.

Para aquele homem, vender os bens materiais e deixar a família em prol de uma causa maior, seria um esforço muito maior do que ele se sentia capaz de fazê-lo. Mas, se Jesus o convidou para tal, é óbvio que ele tinha condições de abandonar o comodismo em que vivia.

Pedro, e os demais discípulos, renunciaram aos bens materiais, desapegaram-se das posses, afastaram-se dos familiares, dedicaram-se de corpo e alma à causa do Mestre e, por isso, receberam, ainda em vida, a vida eterna – aquela força interior que nunca diminui e constrói uma sociedade mais justa para todos.

O comodismo, ao contrário, diminui as forças da alma, porque começamos a ficar amolecidos física e espiritualmente, de modo que a vida começa a se tornar um peso difícil de ser carregado e, assim, acabamos nos apegando muito mais aos bens materiais como forma de mantermos o mínimo conforto possível.

Paulo de Tarso, em sua carta aos Romanos, incentivou para que “não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

A vontade de Deus é que cresçamos espiritualmente, trabalhando em nosso próprio benefício por meio do trabalho em benefício do próximo.

Jovem! Não se acomode na situação que, aparentemente, está boa. Jesus te convida todos os dias para segui-lo. Não se conforme com o nível intelectual, moral e material que você alcançou. Você pode mais, basta não se conformar com as situações e agir de acordo com o Evangelho de Jesus.

Vinicius Del Ry Menezes