JESUS E A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

JESUS E A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

11/09/2025 Juventude 0

Os Fariseus zombavam de Jesus porque o Mestre ensinava o desprendimento dos bens terrenos e a fidelidade aos bens espirituais. Em uma dessas ocasiões, Jesus narrou a seguinte parábola*:

“Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que estava deitado ao seu portão, desejoso de fartar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, mas ninguém lhes dava. Os cães vinham lamber-lhe as úlceras.

“Morreu o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.

“No Inferno, estando em tormento, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e a Lázaro no seu seio. E clamou: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! E manda a Lázaro que molhe a ponta do seu dedo, e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama!’

“Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens na tua vida e Lázaro do mesmo modo os males; agora, porém, ele está consolado, e tu em tormentos. Demais, entre nós e vós está firmado um grande abismo, de modo que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para nós’.

“Ele replicou: ‘Pai, eu te rogo, então, que os mandes à casa de meu pai (pois tenho cinco irmãos) para os avisar a fim de não suceder virem eles também para este lugar de tormento!’ Mas Abraão disse: ‘Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos’. Respondeu ele: ‘Não, Pai Abraão, mas se alguém for ter com eles dentre os mortos, hão de se arrepender’. Replicou-lhe Abraão: ‘se não ouvem a Moisés e aos profetas tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos’.”

Jesus pinta um cenário de dor profunda para todos aqueles que se apegam aos bens materiais em vida, esquecidos da prática da caridade, por causa da avareza e ganância.

O Rico tivera inúmeras possibilidades de amenizar a vida de Lázaro e não o fizera. E ele nem podia alegar desconhecimento, porque quando ele vê Lázaro no céu, ele o chama pelo nome.

Quantos ricos (de dinheiro, de posses, de bens, de títulos, de conhecimentos, de afetos) fingem ignorar os pobres necessitados com os quais convivem e, na primeira oportunidade que precisam de ajuda para si próprios, reclamam por algo que nunca deram a ninguém?

Pior: fingem desconhecer que a prática da caridade é lei de Deus.

O Rico clama para que Abraão avise seus parentes para que não cometam os mesmos erros. Mas Abraão deixa bem claro que todos já sabem dessa verdade, mas fingem desconhecê-la por pura conveniência, não à toa Jesus diz que “tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. Ou seja, eles não se deixarão acreditar, não se deixarão modificar, porque não o querem.

Mas a realidade, um dia, irá se impor. Esses ricos, que nunca praticaram a caridade, irão reconhecer a falta que cometeram. Mas o abismo entre o “inferno” que cavaram para si próprios e o “céu” conquistado por aqueles que humilharam será grande demais para que eles possam transpô-los em um único passo.

A única forma de consegui-lo será uma nova reencarnação para que aprendam na Terra a valorizarem os bens espirituais.

Essa parábola é a representação viva do ensinamento “fora da caridade não há salvação”.

Jovem! Use os bens materiais que Deus lhe emprestou para amenizar a vida dos inúmeros “pobres” que o cercam. Pobres não só de dinheiro, mas também aqueles pobres de conhecimento, de paz, de amizade, de carinho, de saúde, de emprego, de companheirismo. Use os seus bens materiais para conquistar os verdadeiros bens espirituais.

Vinicius Del Ry Menezes

*sugere-se a leitura do livro Parábolas e Ensinos de Jesus de Cairbar Schutel, editora O Clarim.