JESUS E A PARÁBOLA DAS BODAS

JESUS E A PARÁBOLA DAS BODAS

29/05/2025 Juventude 0

De novo começou Jesus a falar em parábolas*, dizendo-lhes:

– O Reino dos Céus é semelhante a um rei, que celebrou o casamento de seu filho. E enviou os seus servos a chamar os convidados para a festa, e estes não quiseram vir. Enviou ainda outros servos com este recado: Dizei aos convidados: Tenho já preparado o meu banquete; os meus assados e os meus cevados estão mortos, e tudo está pronto; venham às bodas. Mas eles não fizeram caso e foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e os outros agarrando os servos os ultrajaram e mataram.

Jesus fez uma breve pausa no relato, enquanto os presentes se espantavam com tal história. O Mestre continuou, dizendo:

– O rei irou-se e mandou as suas tropas exterminar aqueles assassinos e incendiar a sua cidade. Então disse aos servos: As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos; vão, pois, às encruzilhadas dos caminhos, e chamem para as bodas todos que encontrarem. Indo aqueles servos pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala nupcial ficou cheia de convivas.

O público sorriu, diante do fato inusitado do rei, mas Jesus finalizou a parábola, dizendo:

– Mas, entrando o rei para ver os convidados, notou ali um homem que não trajava veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entrou aqui sem veste nupcial? Ele, porém, emudeceu. Então o rei disse aos servos: amarrem-lhe os pés e mãos e lancem-no nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

O público espantou-se ao término da parábola, porque ela tem um significado extremamente profundo, uma vez que ela conta a história da espiritualidade na terra.

O rei, na parábola, representa Deus.

O casamento, as bodas, representa a união do plano espiritual com o plano material.

Os servos representam os profetas que vieram antes de Jesus trazer a palavra de Deus e que, muitos deles, foram assassinados.

A ira do rei, que mandou incendiar a cidade, representa as calamidades da natureza que, de tempos em tempos, arrasam o planeta.

Os convidados representam nós todos que, diariamente, recebemos diversos convites para nos banquetearmos com as verdades espirituais, mas, ingratos, recusamos os convites e vamos cuidar dos negócios materiais e recursos financeiros.

Os primeiros convidados também representam o clero, os líderes religiosos, os líderes políticos, os doutores da lei que, estudados, deveriam ser os primeiros a aceitarem o convite.

Os últimos convidados também representam os pobres, os doentes, os deficientes do corpo e da alma que aceitam, humildemente, o chamado.

Com Jesus se deu o mesmo. O Mestre chamou a todos, mas poucos da elite econômica e religiosa aceitaram o convite. Enorme foi a quantidade de pobres do corpo e da alma que aceitaram o convite.

Jesus faz uma ressalva, porém. Não basta aceitar o convite. É necessário vestir a veste nupcial, ou seja, é necessário vestir a humildade e a sinceridade para poder ficar na festa.

Note-se que, à mando do rei, os servos saindo “pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons”.

O convite é feito para maus e bons. Isso significa que até mesmo os maus têm a chance de aproveitarem os ensinamentos espirituais, caso vistam-se de, no mínimo, sinceridade de propósitos. Sinceridade que o rei, na parábola, não viu naquele convidado específico e, por isso, ordenou que ele fosse retirado da festa e levado para um local de sofrimento.

Do mesmo modo, uma pessoa má pode participar da festa caso se arrependa sinceramente. Caso não se arrependa, pode fingir aceitar as verdades espirituais, mas será levada para um local de sofrimento até que se arrependa de coração.

Jovem! Você já foi convidado para esse banquete espiritual por Jesus. Você aceitou o convite?

Vinicius Del Ry Menezes

*sugere-se a leitura do livro Parábolas e Ensinos de Jesus de Cairbar Schutel, editora O Clarim.