COMPLEXOS – PARTE II

CONTINUAÇÃO DA SEMAMA ANTERIOR
Os diversos tipos de complexos psicoemocionais são consequências de limitações de natureza moral, decorrentes de sucessivas experiências limitadoras da evolução do espírito. Conhecer tais complexos e superá-los é trabalho sublime e facilitador da redenção espiritual a qual proporciona felicidade. O tratamento espiritual diante dos desvios e complexos de comportamento encontra na terapia de Jesus o meio mais eficaz: “Amar o próximo com o si mesmo”. Esse caminho tem um começo: o perdão das ofensas através do autoperdão, onde o espírito reconhece o seu erro, aceita as consequências dele, e não os repete mais, socorrendo ainda aos que ainda não aprenderem a perdoar e superar suas limitações, todos resultantes de sentimentos de culpa, remorsos e falta de disposição para trabalhar em prol da evolução:
3 – Complexo de Electra: Segundo a mitologia grega, Electra induziu seu irmão Orestes a matar a mãe Clitemnestra e seu amante Egisto, depois que estes haviam assassinado o pai Agamenon e se casando. Esse complexo é a contraparte feminina do complexo de Édipo no homem, quando a filha apaixona-se pelo pai e sente ciúmes da mãe. O complexo de Electra difere do complexo de Édipo masculino quanto as suas causas de manifestação. E a predominância de psique feminina associada ao sentimento acentuado de maternidade que ameniza em muito as manifestações desse complexo, principalmente quando a filha passa pela experiência da gestação e da maternidade.
Todavia, nem sempre isto ocorre, principalmente quando existe um grau de antipatia entre mãe e filha, decorrente de fatores e diferenças individuais e outros componentes ligados ao orgulho, ao ciúme e a sensualidade.
4 – Complexo de Édipo: Deriva o termo de uma tragédia grega escrita por Sófocles, na qual o herói Édipo, sem saber de sua condição de filho, mata o pai e se casa com sua mãe. É uma teoria psicanalítica criada por Freud, que considera que entre as idades de 3 a 7 anos o filho desenvolve um desejo incestuoso, inconsciente pela mãe, e um sentimento e intensa rivalidade e hostilidade pelo pai; na mesma forma que a filha desenvolve um apego com relação ao pai, e uma rivalidade com relação à mãe (complexo de Electra).
Esse complexo também pode ocorrer de maneira invertida: o filho sente-se apegado ao pai, em vez de à mãe, e a apegada à mãe, em vez do pai. Devido às diversas características da natural afinidade existente no mundo das relações humanas, este é o resultado da força de atração psicoemocional ou física determinada pela sintonia ou afinidade.
Pode ocorrer que crianças tenham simultaneamente um desejo incestuoso pela mãe e que se identifique com o pai, ou também desejar ao mesmo tempo em que se identifique com a mãe. É o chamado complexo de Édipo (Édipo Complexo)
Segundo a psicanálise, o complexo Edipiano masculino é causado pelo medo que o menino tem da castração e pela identificação gradual com o pai, enquanto o complexo feminino é causado pela ameaça de perder o amor da mãe e pela identificação com ela.
Em muitos casos é possível evitar esse complexo, quando os cônjuges vivem em equilíbrio afetivo, através do respeito mutuo ou de uma convivência saudável, envolvendo harmonia e bom senso entre pais e filhos, sendo evitando manifestações de ciúme infantil e sentimentos e pensamentos que propiciem manifestações de acentuada afeição ou repulsão que possam levar a origem do complexo.
Texto por Emídio Brasileiro
Revista Espírita Delfos