JESUS E A PRECE – parte 02

JESUS E A PRECE – parte 02

08/07/2021 Juventude 0

Jesus, após explicar que a prece sincera, feita do fundo do coração, é ideal para conversarmos com Deus, ensinou a oração mais famosa do mundo: O Pai Nosso. Parece contraditório Jesus ensinar uma prece “feita” após incentivar que cada um fizesse a sua própria oração em segredo, mas o Mestre sabia que em muitos momentos nós ainda não conseguimos ser suficientemente sinceros em nossas preces.

Quando estamos muito envolvidos em nossos problemas e dificuldades, quando passamos por grandes frustrações, quando a inveja cega os nossos olhos, quando a raiva e o ódio nublam o pensamento, quando a tentação nos seduz, fica difícil fazer uma prece sincera vinda do coração. Por isso Jesus ensinou o Pai Nosso: para que nós, por meio de uma oração pronta, possamos sair do estado tormentoso em que nos encontramos.

Muitos, porém, a repetem sem prestar atenção em seu significado. Vejamos:

“Pai nosso que estás nos céus”.

Jesus compara Deus a um pai, que é pai de todos, ou seja, implicitamente já deixa claro que somos todos irmãos por sermos filhos de um mesmo pai. E esse pai está no céu. Que outra forma Jesus poderia explicar o mundo espiritual para a população da época senão comparando-o ao céu? Ao iniciar a oração chamando o pai, Jesus nos coloca numa posição de humildade perante a qual os nossos sentimentos mais raivosos se abrandam.

“Santificado seja o teu nome”.

Jesus deixa claro que a única entidade que deve ser adorada no universo é Deus, nosso pai. Jesus, a pessoa mais evoluída que já nasceu nesse planeta, humildemente, se coloca à baixo do pai. Quantos de nós, orgulhosos, não nos sentimos mais poderosos do que Deus?

“Venha a nós o teu reino”.

Dinheiro, poder, dominação, glória fazem parte do poder humano, terreno, corrompido dos homens. O reino de que Jesus faz referência aqui, é o reino espiritual, dos tesouros que nem a traça e nem a ferrugem corrompem: o amor, a sabedoria, a caridade, o trabalho. Esse é o reino de Deus, reino eterno a que todos somos chamados a viver, desde que juntemos os tesouros corretos durante a nossa vida.

“Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”.

Humildemente, Jesus nos ensina a não nos revoltarmos com as situações difíceis pelas quais passamos, seja encarnados na vida material, seja desencarnados no mundo espiritual. O que Deus decide é soberanamente justo e bom, mesmo que à princípio a gente não consiga enxergar o sentido naquela situação. A vontade de Deus é sempre amor. Cabe a nós percebermos isso.

“O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje”.

O pão, talvez o alimento mais simples que haja, exemplifica perfeitamente o que precisamos para viver: bens materiais que nos garantam a sobrevivência com dignidade. Jesus não clama por palácios, tesouros, alimentos exóticos. Jesus pede o pão simples. Quantos de nós desejamos fortunas e perdemos a dignidade para conquistá-la?

“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como também perdoamos os nossos devedores”.

Jesus coloca o perdão como o grande libertador dos conflitos, como o grande agente de paz na terra. Se nós rogamos o perdão de Deus para os nossos erros (que são muitos), é justo que ele queira que nós perdoemos o nosso irmão, já que o nosso irmão também é filho Dele.  O dia em que a humanidade praticar o perdão não haverá mais violência nesse mundo.

“E não nos deixes cair em tentação”.

Jesus sabia que ainda temos muitos defeitos morais que podem nos levar à queda em diversos tipos de tentações: vaidade, poder, gula, sexo irresponsável, dominação, vícios… A lista é grande.  Mas Deus dá força a quem é sincero na luta contra a tentação.

“Mas livra-nos do mal. Amém”.

Infelizmente, ainda vivemos num mundo em que muitos não despertaram para as verdades espirituais da vida e, por isso, o mal ainda espreita os nossos passos. Por isso Jesus pede, ao final da oração, para que Deus nos proteja da maldade alheia. E que pai não protege o filho?

Jovem! Quando o seu mundo estiver desmoronando, quando a sua vida não fizer sentido, quando você estiver perdido, quando a tentação o procurar, quando os seus pensamentos estiverem completamente desconexos, pare, respire fundo e leia a oração Pai Nosso. Se possível, leia em voz alta. Leia e releia até sentir que você dominou o seu mundo íntimo e se acalmou. Saiba que Deus é nosso pai, e como pai ele nos quer bem. Muito bem.

Vinicius Del Ry Menezes